quinta-feira, 25 de agosto de 2011

As arvres somos nozes das vida

De uns tempos para cá eu decidi parar de ver os trailers dos filmes. O fato é muito simples: eles contam toda a porra do filme! Virou um processo semelhante aos resumos das novelas, que saem no jornal com uma semana de antecedência à apresentação dos capítulos. Em mais um dos grandes mistérios da humanidade, como você pedir ao sorveteiro um sorvete de 1 bola e ele colocar sempre duas, incrivelmente as meninas ficam com mais vontade de ver depois de ler o bendito resumo/spoiler. Se você um dia nasceu menino e hoje faz isso também, desculpe pela falta de inclusão.

Eu criei uma teoria assim que vi o trailer de A Árvore da Vida (2011), de Terrence Malick. “Nossa, não mostra nada sobre o filme. Não conta a história. Acho que é um bom filme. A gente sabe que um filme é bom quando o seu trailer não conta o filme. Inclusive a partir de hoje, todo filme cujo trailer não dá spoiler ganha o Oscar!” Teoria do Trailer, P. Naz (2011).





Não foi por falta de aviso. Eu já adorei filmes que muita gente (tipo, todo mundo) não gostou, mas nessas experiências de não se influenciar por opiniões alheias, uma hora temos que pagar pela nossa ousadia. Vou citar dois pontos que podem ser usados por quem se dispor a defender a obra : 1) O filme tem cenas bonitas : Sim, tem cenas bonitas, como tem cenas bonitas algum videoclipe do Coldplay. 2) Acho importante essa liberdade criativa do diretor: Lógico, por isso existem filmes muito fodas no mundo, o que não é o caso deste.

Eu soube que uma vez Terrence Malick viu-se com uma penca de atores e narrações que foram todas descartadas de um filme, um material com mais de 6 horas das quais ele teve que extrair os 170 minutos importantes que deram origem ao resultado final chamado de Além da Linha Vermelha (1998). Acho que ele fez o mesmo com A Árvore da Vida, só que ao contrário. Malick pegou todos os trechos que poderiam ser importantes para a história e substituiu por nebulosas, imagens disformes, figuras coloridas e national geographic. Aliás, se você quer realmente algum argumento válido para defender o filme, este é o melhor: “Mermão, é um filme sobre a relação entre pai e filho e entre os três filhos do mesmo pai e tals...e tem uns DINOSSAUROS, que não são parentes, saca? Muito louco, cara!”.

Com The Tree of Life eu aprendi três coisas: 1) Terrence Malick deve ser um cara muito gente boa para Brad Pitt e Sean Penn aceitarem fazer este fillme. 2) Minha Teoria do Trailer caiu por terra no momento em que não considerou o caso de: Quando o trailer não contar nada do filme ser exatamente o que é o filme. 3) Seria melhor ter ido ver o filme do Pelé.

"-Só vim aqui pra lembrar que você não é caveira, você é moleque!"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

#140 trechos de filmes [61 a 65]

Dando uma passada nos capítulos anteriores descobri que vários vídeos do youtube que coloquei por aqui não estão mais no ar. Qui puxa, alguns deram trabalho para localizar. Vamos nessa, que se você curtir o trecho, melhor mesmo é ver o filme inteiro.

Notas: 1) Coloco no blog 5 trechos por post. 2) Colocarei só trechos de filmes que eu vi. 3) Os filmes não precisam ser bons ou conhecidos. 4) A parte do trecho em destaque que lembro e que antes saía no twitter vai estar em azul negrito aqui. 5) Os trechos não precisam ser perfeitos. Pode ter variações, por eu ter visto legendado, dublado ou minha memória falhar. Mas que a idéia confira. 6) Tentarei colocar vídeos dos filmes (ou imagem, cartaz) se possível do trecho em questão (o que é difícil), ou trailer, ou outra cena, o que encontrar. 7) Se der, eu explico o motivo da escolha e representatividade do trecho. É isso.

Outros tantos agora de 61 a 65 ...

[61/140] "Você é uma doença e eu sou a cura.” Cobra (1986), de George P. Cosmatos.


Além de 2 personagens clássicos - Rambo e Rocky - Sylvester Stallone nos brindou com uma figura de um filme só que parece ser o arquétipo do protagonista fodão dos filmes de ação dos anos 80. Estou falando de nada mais nada menos que Marion Cobretti, O COBRA. Ainda que esqueçamos de todo o filme imediatamente após a sessão, suas frases de efeito vão ecoar para sempre em nossas memórias. Certeza do Cobra em 3:17.




[62/140] "Se alguma coisa acontecer comigo, meus companheiros vão te encontrar. É 100% de certeza." Sympathy for Mr. Vengeance (2002), de Park Chan Wook.


Este é aquele conto amargo e ingrato que não é pra qualquer um. Se você precisa locar um DVD de uma coisa totalmente anti “filme pra toda família”, Park Chan Wook é uma ótima escolha. Este é o 1º capítulo da trilogia da vingança do diretor, que tem em Old Boy (2003) o filme mais conhecido e grande expoente sul-coreano. Eu não pretendo lhe contar nada sobre o Mr. Vengeance, mas saiba que vai doer... Vou evitar cenas que trazem spoilers, então vai uma imagem aleatória para ilustrar.




[63/140] "- Chefe, você não entende as mulheres. Você não pode abrir à força as pétalas de uma flor . Quando a flor estiver preparada, ela abrirá as pétalas pra você. / - E quando você acha que Carmem vai abrir sua flor para você? / - Hoje à noite...senão eu vou matá-la!”.  
Três Amigos! (1986), de John Landis.


Esse filme tem vários trechos supimpas, como do arbusto cantante e do espadachim invisível, mas o diálogo entre Jefe e El Guapo (descrito) é merecedor de um Oscar. Lembra quando o João Kleber falava “Você quer rir, mas quer rir muito?” sempre antes do quadro de pegadinhas (todas armadas), pois é. Eu não sei o que você acha dos Três Amigos, mas vou colocar abaixo para mim um dos trechos mais engraçados do cinema. 





[64/140] “EI, CHONGO!”. Detroit Rock City (1999), de Adam Rifkim. 

"Gente que viaja pra ver show e depois fica postando as fotos nas redes sociais." Resolvi aderir ao movimento só para frescar, convencido por amigos com argumentos bem simples de viver a vida e curtir os momentos. Na leva dos filmes legais de 1999, Detroit Rock City nos leva a 1978, numa viagem de carro de uma cidade a outra para ver o show do KISS – o que desconfio ser finalmente algo digno da expressão DUGARAI, VÉI! No trecho, a lembrança de ter cuidado com garotinhos e seus irmãos mais velhos! 0:33.



[65/140] “Engraçado, é a primeira vez que vejo lixo comendo lixo!”. Superman 2 (1980), de Richard Lester.


É o filme do homem de aço que mais assisti. Acaba sendo o meu preferido porque ele enfrenta um trio que, apesar de fazer cosplay dos Bee Gees, é um adversário à altura do herói. O trecho foi lembrado pelo ululante Loro da Doca e repetido diversas vezes como um meme interno nas horas mais inesperadas. Aqui a moçada percebe o quanto Clark Kent é um pamonha, que só consegue encarar o arruaceiro quando recebe de volta seus poderes de kriptoniano.  A dublagem é clássica e nostálgica em 0:19 (aqui). Abaixo o trecho que permitiu incorporar o vídeo em homenagem a descida das cataratas no barril.